quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sabote o que lhe faz mal!

Amigo. Um leque amplo de definições a essa palavra vem-me à mente. Simples em sua essência, complexa, entretanto, em seu entendimento. Como posso eu, um simples mortal, entender uma palavra tão profunda sem antes indagar-me se realmente tenho alguém a que posso atribuir o significado de tal expressão? É uma tarefa árdua entender o significado de uma palavra sem ao menos ter vivenciado o seu sentido. E é cruel ter pensado a vida toda que tinha amigos, sendo que eles eram apenas inimigos fantasiados. Tenho de fazer a exegese da minha vida, e sobretudo fazê-la em análise daqueles que me rodeiam. Porque há uma coisa pior do que a solidão: estar rodeado de inimigos sorridentes.

Yago Rhaynan

sábado, 19 de dezembro de 2009

A letargia.

Sonhos são letárgicos.
Suplico aos meus amigos que parem de sonhar. Sim, é isso mesmo. É preciso que haja uma abstinência aos sonhos, pois deles não precisamos mais. O que é necessário mesmo, de verdade, é agir em prol do que desejamos. Sonhar é fechar os olhos para a realidade e esperar, entregue ao ócio, que nos seja realizado. Ou seja, perda de tempo.
Sonhos não são senão ilusões cuja relatividade está diretamente ligada ao ser que o cultiva. Sonhos variam; o mundo real, não. Apesar de suas inúmeras facetas, o mundo concreto é um só para todos, e nele perpetramos atitudes capazes de moldá-lo não em sua totalidade, mas pelo menos na parte que lhe toca. E de pouquinho em pouquinho, de ação em ação, constrói-se um mundo onde os sonhos errôneos de outrora se tornem realidade, mas não porque um dia houve sonhos, e sim porque de fato houve ações. Por isso, parar de sonhar para poder agir é essencial para se obter a felicidade plena.

Yago Rhaynan

domingo, 1 de novembro de 2009

Sabote os sonhos!

Quem vive de sonhos se perde da realidade. É com essa frase que começo a escrever, pois de incomensurável importância ela se revela para mim. Devaneios, sonhos, fantasias não passam de carícias às quais nos servem de refúgio. A realidade está bem à minha frente: fria e sólida. E sonhos não são senão ilusões. Não quero viver de utopias, pois abrir os olhos para a realidade é bem mais empolgante. Pois, se tudo fosse feito de sonhos, qual seria então a graça de viver? Porque viver é tropeçar e reunir forças para levantar.

Sim, quero isso: sentir os gostos amargos que a vida tem a me oferecer só para depois experimentar o que há de doce! Porque de sonhos não se vive, não se morre, nem se mata: de sonhos se ilude. E de ilusões já basta.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Felicidade traz dinheiro.

Eu quero ser um profissional do futuro!

O sucesso profissional depende, fundamentalmente, da satisfação pessoal que o emprego é capaz de proporcionar. Por isso, é extremamente necessário que haja uma visão ampla dos fatos, de modo que o futuro profissional não valorize apenas a ascensão social, mas também a essencial satisfação interna. Ou seja: é preciso gostar do que faz.

Se há, hoje, um amplo e diversificado mercado de trabalho, englobando várias áreas de atuação – o que aumenta ainda mais a confusão que acomete, invariavelmente, a todos que estão no processo de escolha da profissão. Pela grande diversificação contemporânea, o futuro profissional precisa atrelar as perspectivas de uma boa remuneração à satisfação pessoal que o emprego é capaz de promover. A tão sonhada ascensão social nada mais é, senão a conseqüência da forma que o profissional conduzirá o emprego. Estar satisfeito com a própria profissão é o reflexo perfeito de uma atitude sensata, fruto da intricada ponderação. Ambição e felicidade precisam estar juntas, niveladas em um só patamar: o seu.

É importante - e necessário - que o caminho profissional seja alicerçado na completa satisfação interna, visto que essa é a única forma de se obter o êxito completo na árdua jornada profissional. A remuneração profissional é direta e gradativamente relacionada à competência dispensada ao trabalho. Equilíbrio é essencial.

O indivíduo que é capaz de unir ambição e felicidade é, consequentemente, o verdadeiro profissional do futuro. Transformar trabalho em prazer é essencial para a manutenção do bom estado de espírito e da satisfação pessoal. Dinheiro, portanto, não traz felicidade: é justamente ao contrário.

Na hora de escolher a profissão futura, deve-se levar em conta todos os fatores. Dinheiro é bom, mas não é tudo.


Portanto, sabote o sistema opressor que nos obriga à adentrar em um círculo vicioso, que insiste em afirmar que o dinheiro é tudo. Sabote, e sabote já! Leve em conta a felicidade, a satisfação. Trate o dinheiro como consequência, e não como obsessão.



Yago Rhaynan, o futuro profissional.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dias de contra-mão.

Têm dias - e nem precisa ser segunda - que o mundo parece girar em contramão: No rádio toca a música que você não quer ouvir, despertando no coração, canções que você quis fugir; pessoas indesejáveis batem na sua porta; a comida que você não gosta está na mesa; e quando o dia tem que fazer sol, chove ininterruptamente.

Em dias assim, nasce a vontade, lá no fundo, de gritar para o mundo os desejos, sonhos, transtornos, finalidades, ilusões, medos, anseios. A vontade que prevalece, porém, é de deixar tudo (desejos, sonhos, transtornos, finalidades, ilusões, medos, anseios) guardado em um potinho, desses que você esconde vaga-lumes quando criança pra não se transformarem em estrelas, e esquecê-los para sempre.

Mas em dias de oposição, você encontra esse potinho com tudo que guardamos (e um pouco mais).

À noite, dentro da mente, baratas voadoras não nos deixam dormir. Dentro do quarto, resta apenas o vazio das paredes geometricamente gélidas, que insistem em se moverem ao ritmo da nossa alucinação. Dentro da alma, um refúgio, um canto escuro e um sonho com fortes tendências a virar um pesadelo. E dentro da cabeça, aquela pequena voz dizendo... Dizendo... DIZENDO... Que ela é muito importante, que sem ela eu não vivemos e que sem ela a vida não tem mais graça.

É em dias assim que você descobre como é duro estar apaixonado.


Mas se você tem o espírito sabotador, encare com deferência esses dias.

Se o seu mundo girar em contra-mão, é simples: vire-o na mão certa. Se tocar a música que você não quer ouvir, desligue o rádio; se pessoas indesejáveis bater em sua porta, não abra; se chover em dias que você precisa do sol, adquira um guarda-chuva e seja feliz.

Se a nascer a pretensão de gritar para o mundo, é simples: grite. Mas se der vontade de guardar o que sente, grite do mesmo jeito.

Se não consegue dormir, tome um comprimido.

Se uma voz macabra insiste em dizer que ela é muito importante, que sem ela você não vive e que sem ela a vida não tem mais graça, coloque um fone nos ouvidos e esqueça. Não ouça.

Mas se você descobrir que está completamente apaixonado por alguém que não te quer, aí a sabotagem necessita de maiores esforços. Mande ela pra algum lugar escuro, aqueles onde o sol não bate, e siga a sua vida normalmente.

Eu vou sabotar, e você?

feito por Yago Rhaynan.